O guerreiro de metal do exército
vermelho
Tanque
de combate médio desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial pelos
escritórios Karkhiv Morozov Design Bureau, o T-34 é tido por especialistas em
veículos militares como o melhor blindado da época. Símbolo da virada soviética
frente á Alemanha nazista, esse tanque contribuiu para as vitórias alcançadas
no front onde atuou, especialmente na famosa Batalha de Kursk, a maior batalha
direta entre tanques da história.
Dois T-34 em ação no front de Stalingrado em 1942.
A
história deste valente carro de combate começou em 1939, quando a União
Soviética percebeu que seus blindados estavam obsoletos e necessitava
urgentemente de um novo modelo que impusesse força frente aos tanques inimigos.
Em 1934, havia sido regulamentada uma norma pelo governo soviético com a
finalidade de modernizar os carros de combate em serviço nas suas forças
terrestres. Por causa desta data, o modelo leva em seu nome a designação T-34, referente ao ano do programa.
Comboio de tanques soviéticos T-34 atravessando uma floresta.
Versatilidade; soldados sendo transportados sob seu amplo exterior.
Tecnicamente,
o T-34 introduziu muitas inovações em seu projeto e era superior aos seus
equivalentes alemães. Por ser mais barato, possibilitou sua produção em altas
quantidades, sendo além da qualidade, numericamente maior que os do inimigo.
Esse quesito fazia diferença em muitas batalhas travadas no front. Os alemães
praticamente só conseguiam tirar um T-34 de uma batalha com apoio aéreo e
introdução de novas táticas de combate.
Podemos
afirmar que esse carro foi um precursor dos MBT's (Main Battle Tank's) modernos, pois tinha uma blindagem
resistente e muitas vezes imune ás armas anti-tanque básicas. Carregava um
forte armamento, possuía motorização robusta e suas lagartas foram desenhadas
de modo a não atolar durante operações em lamaçais, comuns no terreno ártico
soviético. Seu único grande defeito era o pouquíssimo espaço interno que
causava desconforto aos ocupantes em longas viagens.
Um T-34 preservado em demonstração. Note a camuflagem para neve.
O
T-34 destacou-se muito (além de Kursk) na Batalha de Stalingrado, considerada a
mais decisiva em território soviético contra o invasor alemão. Naqueles dias,
os tanques eram fabricados nas indústrias enviadas para o leste do país, para escapar á
destruição inimiga. Blindados saiam de dia e á noite das linhas de produção,
muitas vezes com acabamento inacabado e até sem pintura como forma de ir rapidamente
ao campo de batalha, visto que Stalingrado estava quase caindo nas mãos das
forças de Hitler.
Unidade em exibição no museu militar Berlim-Karlshorst.
Sinônimo de eficiência, este poderoso tanque
chegou a ser plagiado pela indústria alemã, que projetou o modelo Phanter, na verdade, uma mera cópia de
T-34 e seus mecanismos após relatórios de unidades alemãs, desesperadas no
conflito em terras soviéticas devido á performance do T-34, que até então não
possuía nenhum oponente á altura. Os grandes tanques alemães pecavam em um item
importante; eram pesados e demasiadamente lentos comparados ao rústico modelo soviético.
Veículo presente numa parada militar na Praça Vermelha em 2011.
O
T-34 foi empregado numa gama de versões que iam desde reconhecimento até
engenharia. Podia chegar aos 60 Kmh em boas estradas e esteve em serviço na
URSS (até a década de 70) e países do Pacto
de Varsóvia por muitos anos. Cerca de 84.070 unidades deste excelente
tanque foram produzidas. Curioso que, com tantos exemplares, alguns continuam perdidos mundo afora e outros foram localizados décadas após o final da Segunda Guerra Mundial.
Um T-34 encontrado e retirado de um lago na Estônia em 2000.
Acesse o youtube para visualizar o "resgate":
Nenhum comentário:
Postar um comentário