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quinta-feira, 25 de outubro de 2012



O guerreiro de metal do exército vermelho


Tanque de combate médio desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial pelos escritórios Karkhiv Morozov Design Bureau, o T-34 é tido por especialistas em veículos militares como o melhor blindado da época. Símbolo da virada soviética frente á Alemanha nazista, esse tanque contribuiu para as vitórias alcançadas no front onde atuou, especialmente na famosa Batalha de Kursk, a maior batalha direta entre tanques da história.


Dois T-34 em ação no front de Stalingrado em 1942.

A história deste valente carro de combate começou em 1939, quando a União Soviética percebeu que seus blindados estavam obsoletos e necessitava urgentemente de um novo modelo que impusesse força frente aos tanques inimigos. Em 1934, havia sido regulamentada uma norma pelo governo soviético com a finalidade de modernizar os carros de combate em serviço nas suas forças terrestres. Por causa desta data, o modelo leva em seu nome a designação T-34, referente ao ano do programa.


Comboio de tanques soviéticos T-34 atravessando uma floresta.

Versatilidade; soldados sendo transportados sob seu amplo exterior.


Tecnicamente, o T-34 introduziu muitas inovações em seu projeto e era superior aos seus equivalentes alemães. Por ser mais barato, possibilitou sua produção em altas quantidades, sendo além da qualidade, numericamente maior que os do inimigo. Esse quesito fazia diferença em muitas batalhas travadas no front. Os alemães praticamente só conseguiam tirar um T-34 de uma batalha com apoio aéreo e introdução de novas táticas de combate.
Podemos afirmar que esse carro foi um precursor dos MBT's (Main Battle Tank's) modernos,  pois tinha uma blindagem resistente e muitas vezes imune ás armas anti-tanque básicas. Carregava um forte armamento, possuía motorização robusta e suas lagartas foram desenhadas de modo a não atolar durante operações em lamaçais, comuns no terreno ártico soviético. Seu único grande defeito era o pouquíssimo espaço interno que causava desconforto aos ocupantes em longas viagens.


Um T-34 preservado em demonstração. Note a camuflagem para neve.


O T-34 destacou-se muito (além de Kursk) na Batalha de Stalingrado, considerada a mais decisiva em território soviético contra o invasor alemão. Naqueles dias, os tanques eram fabricados nas indústrias enviadas para o leste do país, para escapar á destruição inimiga. Blindados saiam de dia e á noite das linhas de produção, muitas vezes com acabamento inacabado e até sem pintura como forma de ir rapidamente ao campo de batalha, visto que Stalingrado estava quase caindo nas mãos das forças de Hitler.


Unidade em exibição no museu militar Berlim-Karlshorst.


Sinônimo de eficiência, este poderoso tanque chegou a ser plagiado pela indústria alemã, que projetou o modelo Phanter, na verdade, uma mera cópia de T-34 e seus mecanismos após relatórios de unidades alemãs, desesperadas no conflito em terras soviéticas devido á performance do T-34, que até então não possuía nenhum oponente á altura. Os grandes tanques alemães pecavam em um item importante; eram pesados e demasiadamente lentos comparados ao rústico modelo soviético.


Veículo presente numa parada militar na Praça Vermelha em 2011.


O T-34 foi empregado numa gama de versões que iam desde reconhecimento até engenharia. Podia chegar aos 60 Kmh em boas estradas e esteve em serviço na URSS (até a década de 70) e países do Pacto de Varsóvia por muitos anos. Cerca de 84.070 unidades deste excelente tanque foram produzidas. Curioso que, com tantos exemplares, alguns continuam perdidos mundo afora e outros foram localizados décadas após o final da Segunda Guerra Mundial.


Um T-34 encontrado e retirado de um lago na Estônia em 2000.

Acesse o youtube para visualizar o "resgate":











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